AS AGOSTINHAS
Desde que
ando por aqui, e já lá vão quase dez anos, não têm conta as vezes que os
membros da Autarquia responsabilizam os automobilistas pela sempre agravada
situação do T&E.
Coitado
do civismo que tanta pancada tem levado e que continua a ser o álibi para esta
fatalidade.
Mas as
bicicletas de partilha já cá estão e os torrienses e os turistas até podem
utilizá-las para subir ao Castelo nas eléctricas, que também as há. Mas isto só
vai acontecer em
Junho. Entretanto o Vereador Carlos Bernardes foi adiantando,
através da imprensa local, que não tem de haver espaços exclusivamente
dedicados à bicicleta, na sequência daquilo que o Presidente já havia
dito no site da C.M.: hoje, o convívio do peão e da bicicleta no mesmo espaço é aceite e
recomendável e é para aí que temos que caminhar. E mais disse o
Vereador que a Autarquia vai apostar em
campanhas de sensibilização…
Estou
inteiramente solidário com tais opiniões e intenções, mas confuso quanto aos
propósitos já assumidos pela C.M.relativamente à criação das cinco Ciclovias a
que a Revista de Nov/Dez de 2011 da Autarquia se referia, em texto acompanhado de curiosas fotografias.
São elas a “Linha da História”
(apadrinhada por João Roque), a “Linha Verde” com Leonel Miranda como padrinho,
a “Circular Joaquim Agostinho”, esta com Ana Agostinho como madrinha, “A Linha
da Água”(apadrinhada por Francisco Miranda) e a “Linha do Comércio” com Jorge
Silva como padrinho. Com isto se pretende, no dizer do articulista “criar
uma nova cultura (!!!) de mobilidade”
Entretanto,
e enquanto se aguarda por Junho, os torrienses, os estudantes e os turistas vão
continuar a desfrutar da desoladora paisagem que a denominada Ciclovia das
Escolas lhes oferece e a interrogar-se (não todos evidentemente) se as ditas
que se anunciam são mesmo para cumprir ou se não seria melhor descartá-las.
Será
bom ter presente que as “Agostinhas” serão obrigadas a circular pelas Ciclovias. Imagine-se o espectáculo nos passeios da Henriques Nogueira, no espaço (...) reservado aos ciclistas. A menos que a Autarquia acabe também com esta "coisa" a que a C.M. chama de Ciclovia das Escolas e que só serviu para ser inaugurada numa cerimónia muito parecida com a que a foto acima ilustra.
Volto ao assunto do Trânsito e Estacionamento na cidade de Tores Vedras:
O "PINO"
O "PINO"
Vê-se em todas as cidades e vilas mesmo naquelas onde a
fiscalização existe. Agora que o “Sistema informático de gestão de
estacionamento na cidade” jaz no seio da Justiça, bem faria a C.M.se, face á
inoperância da suprema autoridade policial (a qual continuará, por certo, a
manifestar-se), apontasse baterias para impedir, de facto, o estacionamento
abusivo e corrigir situações anómalas.
O PINO é a solução e já se vêem sinais de que a C.M. se vem
orientando neste sentido.
Há, contudo, que cuidar do aspecto estético e ambiental. Faz
pouco ou nenhum sentido que na cidade se utilizem cerca de 15 tipos de pinos ou
similares que desempenhem as mesmas funções.
Desde o Modelo CMTV (o 1º que vem do séc.passado), aos
cilíndricos, às bolas, aos retrácteis, às grades de vários tipos, aos cubos de
pedra, aos cilíndricos de pedra, aos blocos de cimento, até aos recentes da
zona pedonal do Largo de S.Pedro, é muita coisa para tão pequena cidade!
Num pequeno percurso com início na Rua João L.Moura
(Mercado) até ao Largo do Tribunal, passando pelo Largo de S.Pedro, Rua Gago
Coutinho, Terreirinho, Rua Francisco X.de Melo, Rua da Várzea, podem ver-se 13. Só
nesta última rua há 4 !!!
As nossas vizinhas Lourinhã e Caldas são uma excepção a esta
regra: Não vi pinos no centro destas cidades. Na vila de Mafra creio que só há
3 tipos e noutras cidades que conheço nunca vi tal diversidade.
"Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas coisas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa."~
(FP/Alberto Caeiro)
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