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11ª história - Praceta Dr Vilela

 Separada pela pequena rua Brandão de Melo, surge a Praceta. Observada aos fins de semana é um local aprazível. As árvores, o lago, o espaço ajardinado, os bancos não merecem a anarquia do dia-a-dia causada pelos carros que se amontoam por todo o sítio. Não passa de um parque de estacionamento que bem poderia ser melhorado com duas cancelas para entradas e saídas dos variados veículos!!!. Nenhum espaço é poupado, nem passadeiras nem as zonas que as precedem. Na ala Nascente existe um sinal que limita o estacionamento a 1 hora. Tem piada. A PSP, essa entidade que se diz de segurança pública, sabe obviamente  o que ali se passa mas não actua. Falta-lhe não só competência como formação moral e cívica.
A dois passos dali existe o parque da CM sempre subaproveitado.
Junto algumas fotos

10ª história - Rua Santos Bernardes

Uma das principais ruas da cidade. Bem no centro. Pastelarias, restaurantes, moda, super mercado, farmácia, bancos, seguros .etc, tudo isto  há por ali.
Ainda que bem servida de estacionamento, desde o gratuito ao pago (em parcómetros e  parques subterrâneos), a maioria dos automobilistas  rejeita-os porque é uma estafadeira e daí decorre o estacionamento tipo “não estorva”, com a conivência da PSP
Ao fim de tantos anos de governação, a CM ainda não concluíu que, não estando a corporação policial interessada em cumprir a sua missão, haveria que criar condições de modo a dela prescindir. Não é preciso “ter estudos”, basta ter olhos,  para se poder afirmar que o que por ali acontece tem características terceiro-mundistas.
Ver o que se passa nas cidades vizinhas seria de muita utilidade…
Sendo uma rua em que o trânsito flui num só sentido ( “rua de proibição de inversão de marcha”, * como a CM as baptiza ) façam-se alterações por forma a que delas decorra  a impossibilidade de”bagunçar” por ali. Com meia dúzia de tostões reduz-se o tamanho dos lugares na "biqueira" do estacionamento vertical e colocam-se  pinos (que devem ter esgotado) em frente ao CPP
Numa 2ª fase, ainda com um orçamento de trocos, alterar-se-ia  o estacionamento em frente ao edifício Arandis,  para vertical (ou oblíquo) e colocavam-se pinos no rebordo do exíguo passeio do outro lado da rua.
A ser assim, não tardaria que a inteligente freguesia concluísse que por ali  nada a fazer…
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(*) Também nesta rua é possível confrontar a PSP com a sua ignorância: Se tem o seu carro estacionado verticalmente (de frente ou traseira) e se pretender ir para os lados do Tribunal, não terá necessidade de subir até à rotunda do Hospital, descer a TJP rumo ao Agostinho. Basta-lhe fazer a mesma manobra de saída , descer até à Rua Brigadeiro Neves Costa  e percorrê-la.  Se o polícia o/a  interpelar terá ocasião de lhe dizer que não cometeu qualquer infracção. Com um pouco de paciência poderá elucidá-lo em conformidade…
Sucede que há Escolas de Condução nesta cidade que afinam pelo mesmo diapasão.
Claro que isto só acontece em Torres Vedras.




A 9ª história - Rua Carlos França

Sem qualquer dúvida, a situação que melhor retrata a incompetência dos responsáveis:
O Código de Estrada define regras claras para informar e proibir em termos de sinalização. Vermelho para proibir, azul para informar. É o que se vê por esse país fóra, por essa Europa também. Mas não aqui em Torres Vedras. Esta rua tem a particularidade de proibir e simultaneamente informar. Proibir a inversão de marcha na mesma via, que outra não há, e informar que circular é pra lá e pra cá, sem via marcada  pra utilizar!
Pior não há!!!
Acrescente-se que, após o cruzamento seguinte (rua Brigadeiro Neves Costa) utilizou-se (certamente por engano...) o sinal adequado, curiosamente o 2º em toda a cidade.



A 8ª história - Rua Batalha Reis



Deixo a PSP e a sua rua e vou para a Batalha Reis, de único sentido, do qual nos apercebíamos  ao ver a sinalização depois de nela termos entrado de automóvel. Tardou a rectificação e aí a temos agora com as inevitáveis e  constantes segundas filas em locais proibidos devidamente assinalados. Realce-se o à vontade com que os automobilistas deixam  o carro  junto às passadeiras e a anuência da PSP por tais desplantes.
Por fim, não deixa de ser curioso que os pinos se mantenham ainda no passeio dos Correios, só servindo para umas amolgadelas das portas dos carros...
Esta rua é atravessada por uma outra, de seu nome Carlos França. Dela me ocuparei no próximo post.
E já vão oito!

Entrevista do Sr.Vereador Carlos Bernardes (*)

Finalmente o trânsito e estacionamento deixou de ser um problema tabú para a Câmara Municipal. O Sr. Vereador que coordena o respectivo pelouro falou ao jornal "Rifão Quotidiano" e satisfez a curiosidade dos torrienses, que já começavam a ficar incrédulos.
Aqui fica a entrevista
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(*) Esta entrevista, obviamente fictícia, contém elementos retirados de declarações do Sr. Vereador à imprensa.
Sim, sim, Joaquim, é isso. Mas dá-me um certo gozo denunciar estas patéticas situações.


Recordo, a propósito, versos do "País Relativo" do O'Neill.

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País dos gigantones que passeiam
a importância e o papelão,
inaugurando esquichos no engonço
do gesto e do chavão.

E ainda há quem os ouça, quem os leia,
lhes agradeça a fontanária ideia!
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Nhurro país que nunca se desdiz.
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Agradeço o teu post e aqui vai foto, especialmente para Ti.  É um motivo torriense, perto dos stands de automóveis, na saída Sul.
As fotos não se querem bonitas mas esta é mesmo fofinha...
Abraço fraterno





A 7ª história (Rua Manuel César Candeias)



Depois de uma abordagem histórica, o regresso à cidade e às histórias das suas ruas.

Agora a 7ª, a propósito da rua Manuel César Candeias, a da Policia. Como em muitas outras, também ela mereceu, por parte da CM, a classificação de “rua de proibição de inversão de sentido de marcha”. A PSP também lhe atribui este título e acha bem.  É por isso (!), disseram-me na Esquadra,  que “é uma rua de sentido único  e para não se colocar um sinal de 10 em 10 metros coloca-se só um no princípio”!
No fim da rua não se pode virar para a esquerda, está lá o sinal e bem. Como bem poderia estar no princípio da rua, ao lado do outro da mesma família, disse eu,  explicando porquê, mas aqui o agente, irritado, quebrou o diálogo e mandou-me estudar o código...
Uns dias antes consultei duas Escolas de Condução da cidade para saber como deveriam ser sinalizadas tais ruas e o meu espanto foi maior: “O sinal está bem, mas certo, certo, era colocar também o de “sentido único”!! Numa outra Escola foi-me dito que sim, estava certo e que a “proibição funcionava até à próxima intersecção”!!!

Câmara Municipal, Policia, Escolas de Condução?!?!
Viva Torres Vedras!

O 1º Sinal de Trânsito da cidade de Lisboa (Rua do Salvador, Alfama)




"Ano de 1686 - Sua Majestade ordena que os coches, seges e liteiras que vierem da Portaria de
S.Salvador, recuem par a mesma parte"

Trata-se do 1º Sinal de trânsito da cidade



A Rua do Salvador na década de 1980 (Jornal "A Capital" de 16 de Abril 83)
Visível a D.Conceição




A Rua do Salvador na actualidade, vendo-se a placa no canto inferior direito




A D. Conceição à porta de sua casa no Pátio dos Quintalinhos, às Escolas Gerais.


Conhecemo-nos em 2006 (tinha ela  92 anos)  quando ali me desloquei para registar umas fotos do local onde funcionou a 1ª Universidade portuguesa, em 1290, a mando do Rei D.Dinis.
- Aqui mesmo, disse-me, apontando para o interior da casa, era uma sala de aula...!
Foi esta Senhora quem  me transmitiu informação histórica que desconhecia. Foi ela quem me ofereceu um exemplar do  do Jornal  "A Capital" com uma reportagem sobre o assunto.
Visitei-a várias vezes e ofereci-lhe esta fotografia emoldurada. Nunca mais ali fui, depois de, da última vez, me ter dito que não sabia quem eu era...
Soube, entretanto. da sua morte.       



O que se escreveu, a propósito...
       
  "Pela estreiteza das antigas ruas, pela sua tortuosidade...uma das dificuldades da polícia era os atropelamentos e os encontros forçados de dois coches ou liteiras onde o recuo era extremamente penoso e impossível voltear ou tornejar".
"Daí se originavam contendas medonhas entre os lacaios e até os próprios amos não lhes eram indiferente. Da vozearia passava-se a vias de facto; e, por causa de dois coches embetesgados numa viela esconça amotinava-se um bairro" (Júlio Castilho)
Para pôr cobro a esta situação, D.Pedro II manda publicar legislação adequada da qual este sinal é um exemplo. Placas semelhantes foram colocadas na Calçada de S.Vicente, S.Tomé, Largo de Sta Luzia, etc.
Os infractores "eram punidos com cinco anos de degredo para a Baia, Pernambuco ou Rio de Janeiro e dois cruzados de multa, salvo chegando a ponto de puxarem por armas porque então lhes cominavam as penas dos desafios"
Por melhores que fossem os propósitos régios, era praticamente impossível resolver os problemas do trânsito face às dimensões dos coches e liteiras e à estreiteza das ruas.



A 6ª história (Rua da Várzea+Largo do Palácio da Justiça)

Volto às Ruas e às suas típicas situações. Agora a da Várzea, estreita também e de um só sentido, inevitavelmente, que nem era preciso dizê-lo ou mostrá-lo. Mas a CM, ao enfatizar, estampa-se e soma mais um desastre.
Por esta Rua se chega ao Tribunal, cujo Largo é servido por dois parcómetros que se avariam com frequência, facto que tem merecido reparos dos utentes. Nestes, não se incluem, obviamente, os autorizados, nem os que, por  razões obscuras, se servem da zona circundante do Palácio, especialmente nos dias soalheiros de verão.
Deste Largo pode entrar-se na Rua Maria Barreto Bastos, mas, atenção, nada de peões porque a Câmara proíbe.

JMD


Um intervalo nestas histórias para deixar aqui uma fotografia que fiz há um bom par de anos na Estação de Sete-Rios
É para Ti, JMD
Um Abraço
ALA

A 5ª história (Rua de Sto António)

Pequena e estreitinha, “afluente” da de S.Gonçalo de Lagos, dá acesso ao bonito Largo de Sto António e também ao Castelo.
Antes de entrar na rua, o automobilista é informado e proibido de...inverter a marcha!
Nem mais, como na vizinha da Horta Nova.


A 4ª história (Rua da Horta Nova)

Bem perto da Raimundo Porta fica a Rua da Horta Nova, uma e outra no extremo Sul da de S.Gonçalo. Dá acesso ao  Sporting de Torres, agora com mais facilidade porque os pinos que por ali havia, e eram 10, salvo erro,  (5 em frente à entrada e 5 no fim da rua) sumiram, à semelhança dos outros que já aqui mereceram referência. Trabalha-se com perfeição e rapidez. mesmo nas barbas da Junta de Freguesia.
Esta é uma das muitas ruas (30 ou mais) da cidade, classificada  como “Rua de proibição de inversão de sentido de marcha”, uma nova figura do Código de Estrada, criação exclusiva da CMTV.

A 3ª história (Rua Raimundo Porta)

A Rua Raimundo Porta, que conflui com a de S.Gonçalo de Lagos, é muito pequena, quase não há nela lugar para a asneira, mas há. A rua passou a ter em 2008, sentido proibido (excepto autocarros) a partir da rotunda e foi devidamente sinalizada, repito por me parecer importante, devidamente sinalizada. Mas os estudiosos parceiros entenderam (e continuam a entender) que os torrienses são gente muito distraída  que precisa de mais qualquer coisinha para ser alertada. Vai daí colocaram uma grade com um sinal de sentido obrigatório em jeito de obras em curso... Uma semana depois qualquer torriense encartado sabia que por ali nada feito, mas o adereço mantém-se e já lá vão dois anos!!!
Há indicação que proíbe o estacionamento na rua mas isso não tem qualquer significado.

A 2ª história (Rua de S.Gonçalo de Lagos)

Bem perto do Parque de Exposições fica a Rua de S. Gonçalo de Lagos que tem história para contar:
Em 2008 a CM quis mostrar que se podia fazer qualquer coisa pelo T&E e, para tanto, emparceirou-se com uma equipa de especialistas do IST (ouvi falar na altura do eng. Viegas, expert na matéria...). Do aturado estudo resultaram alterações no sentido de trânsito em algumas ruas. A de S.Gonçalo foi uma das contempladas. Bastou, contudo, a vozearia dos residentes e dos  habituais utentes, aliás justa, para que os estudos fossem liminarmente chumbados.
Uma tristeza!
Uma semana depois a situação foi reposta.
Entretanto, havia que se melhorar as condições para que o comércio da zona se processasse em condições de segurança para os consumidores, pelo que foram iniciadas obras em conformidade, ainda que em ritmo lento. Qualquer pessoa que passe pelo local poderá constatar como fácil passou a ser o abastecimento depois da eliminação das barreiras arquitectónicas.
De notar que o percurso pedonal, apadrinhado pelo Sr.Presidente da CM, foi transferido para o passeio do outro lado da rua, a Poente, possibilitando aos peões, que enquanto automobilistas deixaram o carro no parque da Expotorres, um acesso em segurança ao centro da cidade.

A 1ª história (Zona da Expotorres)

Regresso ao  Parque Regional de Exposições ou Expotorres como também é conhecido. Como o desordenamento do T&E é geral nesta terra, não há rua ou lugar que não tenha uma história.
Vou começar por aqui.
Será a primeira:
Ainda que degradado, o parque de estacionamento gratuito está em condições de receber automóveis, mas ninguém o quer (recordo o protesto de alguns torrienses quando a CM se propôs taxar o parque) nem mesmo a clientela do parque do mercado provisório, a qual prefere estacionar os seus carros na berma da estrada (!!!) e mesmo na zona terrea abaixo... De notar que este parque fica a escassos metros do Largo da Graça e oferece uma hora grátis, mas o cidadão com comportamento de bimbo prefere assumir a asneira que a policia consente.
Cabe aqui também a informação que a CM disponibiliza aos utentes (!) da ciclovia, interrompida por ocasião das obras do parque: o que está ali a fazer a sinalização? E para que serve a ciclovia?


Passeios, Pinos, Percursos pedonais & Perplexidades

Nem mais. O Sr. Vice-residente da CM afirmava há 7 anos que “há que disciplinar“…“há que criar hábitos”, nunca percebi muito bem (nem percebo) o que isso significava, só faltou dizer que era na Escola que essas coisas se aprendem, a tal de educação civicazinha…
( Professores e funcionários da Madeira Torres e da Padre Francisco Soares - nem todos, obviamente - não precisaram de ninguém para  os disciplinar e lhes criar hábitos, bastaram uns parcómetros para fazerem a agulha para intra muros, insensíveis ao espectáculo degradante que vinham proporcionando).
Voltando às declarações do Sr.Vice-Presidente:  referem-se elas aos projectos da altura nesta área e que acabaram por se concretizar: um parque vigiado e pago, depois o Vai-Vem, e o percurso pedonal . Tudo muito bem projectado e executado. Há vestígios de tudo isso, agora. Uma miséria.
O Sr.Vice-Presidente não teve presente (creio que continua a não ter)  que o automobilista caseiro tinha (e continua a ter) melhores alternativas.Basta que o deixem "trabalhar"
As três fotos a seguir são a prova disso.
Aqui a carrinha, sempre de portas abertas para enganar sabe-se lá quem;
Nesta foto vê-se o local onde houve um pino, cortado sabe-se lá por quem. É a entrada. Por fim, a saída, como em qualquer parque.
Esta situação prefigura um suposto contrato individual de arrendamento. Já vigora há mais de um ano!

Porquê este blogue ?

Em 2003 aderi ao site da Câmara Municipal de Torres Vedras com a intenção de colaborar para a melhoria das condições de funcionamento do Trânsito e Estacionamento (T&E) na cidade.
Ao fim de 7 anos constato que a situação não mudou (se mudanças houve foi para pior) e que a cidade continua, em minha opinião, a ocupar no país o lugar primeiro da incapacidade, da incompetência dos seus governantes e demais agentes com responsabilidades nesta matéria, como sejam PSP, GNR, Escolas de Condução, etc. 
Por ser vasta a minha contribuição, entendi abordá-la também aqui, por forma a dela dar conhecimento a amigos e, eventualmente, a quem se interesse por estas coisas.
Para se ter uma pequena ideia da confusão neste reinado, junto um vídeo em que o PIM (Proibição Inversão Marcha) é rei. Para uma visão alargada clique aqui.


O "Trânsito & Estacionamento" não será, contudo, tema único. 
Outros "Sinais" passarão por aqui...