Bicicletas, Ciclovias, C
Mobilidade no parque de estacionamento da CMTV
(Texto publicado no Jornal Badaladas de 15 de Julho de 2011):
Há poucos dias, ao entrar de automóvel para o parque de
estacionamento da C.M. na rua Henriques Nogueira, cruzei-me, na rampa, com duas
senhoras, uma delas transportando um carrinho com um bebé. Perguntou-me se não
havia elevador que a pudesse conduzir ao exterior, disse-lhe que sim, que havia,
e que da próxima vez que estacionasse no parque o deveria usar, atravessando,
depois, o átrio da Câmara na direcção da porta principal do edifício.
Se dermos atenção ao modo como os responsáveis cuidam, na prática, da mobilidade dos cidadãos
que utilizam este parque, verificamos que, para além das placas que apontam os
elevadores, com indicação exclusiva de
Câmara Municipal (e respectivo horário), existem outras que referem a saída
pedonal para as ruas Henriques Nogueira (e agora) Princesa Benedita. Para se
chegar, por ali, ao exterior, há que vencer 43 degraus desde o piso -1 e 60, se
do -2 ! Missão fácil para alguns, penosa
para muitos e impraticável para outros.
É esta a razão pela qual as rampas para automóveis acabam
por ser o processo mais utilizado pelos peões. Mais artrose menos artrose, mais
barriga menos barriga, mais ano menos ano, com criança pela mão, no carrinho ou
ao colo, é essa a alternativa. Assim sendo, e como não foi construído elevador
para o exterior, bom seria que se criassem, nessas rampas, corredores sobrelevados,
devidamente protegidos e sinalizados. Trata-se de uma prática que existe em
muitos parques do país.
Muito curiosa é a informação ao fundo do parque, nas portas
de acesso aos elevadores e no interior
destes. Lê-se: Câmara Municipal / Avenida 5 de Outubro. Sorte para quem vai para a
Câmara, já que os demais (que não conheçam a cidade) terão que regressar ao parque,
uma vez que a saída para essa Avenida continua, como é indicado no patamar do piso “0” (e desde a inauguração do edifício), temporariamente fóra de serviço !!! Lê-se mal mas está lá.
Não menos curioso é o facto de os deficientes em cadeira de
rodas terem que perguntar como é que saiem para o exterior.
Casas de banho? Nem
as da CM estão sinalizadas!
P.S. Tudo isto se
passa num edifício público que cumpriu com as normas legais em vigor em termos
de erradicação de barreiras arquitectónicas, de que são exemplo a correcta entrada
principal na rua Princesa Benedita, o elevador
para deficientes na Avenida 5 de Outubro (que nunca funcionou) e a rampa na rua
Henriques Nogueira que teria utilidade se houvesse outra entrada para o
edifício da Câmara, a Sul.
Os meus cumprimentos
ALA
ALA
Amsterdoeste
Acabou-se o pandemónio do trânsito e do estacionamento na cidade.
Carros em segundas filas e terceiras filas,
Carros nos passeios,
Carros nas passadeiras,
Carros junto às passadeiras,
Carros nas zonas de cargas e descargas
Que é isso!?
Chegou finalmente o antídoto para acabar com esta calamidade: As bicicletas de aluguer.
O Vereador Carlos Bernardes inspirou-se no modelo holandês e vai de o importar,
para promover a deslocação das pessoas de uma forma saudável e mais sustentada entre o centro e a periferia. Nunca percebi muito bem este tipo de qualificação! Será que andar de bicicleta não é sempre saudável? Adiante.
De entre as pessoas a que o Vereador se refere, destacam-se os mais jovens que têm de se deslocar para as Escolas.
Adultos e jovens unidos, portanto, para reduzir o uso do automóvel dentro da cidade.
Vontade de Vereador.
Vamos ter, assim, aquilo a que poderemos chamar o “Amsterdoeste” nas ruas da cidade e na sua periferia.
Não foi adiantado o valor do aluguer, tão pouco se o dito incluía capacete.
Junto algumas fotografias numa antevisão daquilo que virá a ser esta audaciosa iniciativa da CM:
ATROPELOS...
Em 25 de Novembro de 2010 afirmei no site da CMTV que passaria a incluir-me no grupo dos automobilistas que circula pela via da esquerda ascendente da Praça Gulbenkian .
Há uns dias atrás, como ia com pressa, ao verificar que a via da esquerda seguia em marcha muito lenta, avancei pela da direita, completamente livre, predispondo-me a ouvir os habituais elogios pela minha afoiteza. Não surgiram desta vez, só que um dos carros que ultrapassei era um carro da PSP. Não era coisa que se fizesse à “autoridade” e isso eu vi no semblante, misto de autoritário e condescendente, do agente-pendura, como que a dizer-me “por esta passas, mas para a próxima…”
Serve isto para dizer aos responsáveis da CM, que, como cidadão cumpridor das regras de trânsito, muito apreciaria que me facultassem a possibilidade de circular nesse local, por forma a não ser admoestado pelos meus pares e, quem sabe, por um qualquer agente da PSP que observe este meu inusitado comportamento e me passe uma multa.
Se a via é exclusivamente de BUS, coloque-se o sinal nos sítios apropriados.
Se não é, sinalize-se, também horizontalmente, por forma a que os automobilistas a utilizem.
Quanto à zona de cargas e descargas que ocupa (!) a via antes da rotunda da Henriques Nogueira, onde já se viu?
Junto, em repetição, duas fotos elucidativas registadas há anos
P.S. Este assunto foi objecto de um outro post aqui colocado em 8 Jan2011
P.S. Este assunto foi objecto de um outro post aqui colocado em 8 Jan2011
Ainda o Miradouro do Varatojo
O Miradouro sofreu, entretanto, algumas modificações: arrumaram-se as pedras e cortaram-se os arbustos que mais perturbavam a visibilidade. Ficaram, contudo, outros.
Assim sendo, não me parece que deva haver lugar à reposição do poste de sinalização original, habilitando-se, deste modo, os turistas a desfrutar de tão bela paisagem.
Junto foto 1 foto 2 foto 3 foto 4 (*) para melhor compreensão destes afazeres camarários
______________________________________________________________
(*) Esta é, obviamente, uma montagem
Marcha atrás...
Corria o ano de 2003. Em Agosto escrevi a 1º mensagem para o Forum da Câmara Municipal:
Dr.Carlos Miguel
Descobri há pouco tempo este “site” e o espaço reservado à colaboração dos munícipes. É um bom trabalho. Nele os nossos eleitos nos dizem: - aqui estou eu, aqui estamos nós, vejam-nos, fomos nós que fizemos isto aqui, , acolá aquilo, estão previstas outras coisas, etc. E nós, do lado de cá, vemos, usufruimos, aplaudimos e ... protestamos. Também daqui, do teclado do computador.
Assim, pois, o meu, obviamente bem intencionado. Sobre automóveis e automobilistas, peões, parques e polícias, estacionamentos.
É o Trânsito onde cabem todos estes vocábulos e acerca do qual toda a gente diz mal. Ainda não falei com ninguém que opinasse noutro sentido. Tão pouco na imprensa.
Apenas V.Exa e a sua vereação se vêm conformando com a situação, pois, se assim não fosse, já há muito tempo nos teriam dito:
- aqui estamos nós, vejam a nossa obra! Como isto rola ! Desloquem-se, passeiem à vontade pela cidade, entrem na C.G.D. a pé e não com o carro debaixo do braço, subam a rua Santos Bernardes com a criancinha, até à Física, tomem, de passagem, uma bica e um bolo e um gelado pro menino, na Milai, sem necessidade de jogar ao labirinto, comprem o selo sem piscas na estação dos Correios. Paguem os impostos nas Finanças saboreando calmamente as bichas. Dirijam-se à Câmara Municipal em cima dos pés, sem necessidade de levar a barriga ao colo, cumprimentem o sr vereador que, de igual jeito, se desloca par o trabalho...Levem o medicamento que compraram na farmácia no bolso do casaco ou na malinha e não no porta luvas do carro...
“O problema do trânsito é muito difícil de resolver” É um lugar comum na boca de todos os governantes. Nenhuns contudo dizem porquê. A nós, do lado de cá, compete-nos dizer, como em relação aos demais, isto está mal e tem que ser corrigido. Há quem o tenha feito. E nem é preciso ir a Espanha. Basta ir ver o novo estádio do Braga, passar pela Bragolândia e aproveitar para ir ao Bom Jesus, (subindo e descendo as escadas mesmo se para pagar promessa), e, de seguida, parquear por baixo, na baixa. Juntar os seus pèzinhos a milhares de outros e ir por eles à Sé, a um museu, a uma livraria, a uma pastelaria tomar um chá ou uma cerveja, comprar umas jeans... um par de sapatos... jantar numa esplanada ... Constatar, depois, em passeio digestivo, que isto acontece em toda a zona histórica e comercial da cidade, recuperada em função do cidadão apeado. Zona com uma área superior à da cidade comercial de Torres Vedras ! Recordar, a propósito, o protesto pacóvio de alguns comerciantes do nosso burgo quando foi interditado o trânsito NUMA rua central ...!
“O problema do trânsito é muito difícil de resolver” . Alguma coisa foi feita, digo eu, dr Carlos Miguel: alargou--se a área do estacionamento pago, colocaram-se “palitos” em alguns passeios, alteraram-se sentidos de trânsito, fizeram-se pequenas rotundas e criou-se um parque de estacionamento para 200 lugares. Trata-se de boas iniciativas que poderiam ter contribuido para uma melhoria substancial da situação. Todavia o cidadão-torreense-auto-mobilizado-chicosperto não paga o estacionamento, julga que os palitos surgiram na sequência do embelezamento artístico da cidade e pára ali para apreciar, há os que os utilizam para limpar a mrd dos pombos que se cola aos sapatos, estaciona em segunda fila e diz ao polícia (se aparecer) ou ao proprietário do carro bloqueado que “foi só um minutinho”, pensa que o parque de 200 lugares é para quem não tem jeep...ou para os lorpas...
Estes cidadãos também a si não têm respeito, dr Carlos Miguel, porque não faz cumprir as elementares normas que implantou. E é o que se vê. A CM tem que fazer uma campanha pedagógica, a começar em lume brando, assim uma espécie de “dia-semanal-tolerância-zero-trânsito-na-cidade”. Que passaria, no mês seguinte, a dois-dias-semana .....cidade”, depois “três-dias...”, depois “quatro...”, etc.
Não tardaria que os cidadãos ficassem a conhecer as regras e a cumpri-las, nomeadamente, a saber que é proibido parar o carro numa artéria de tráfego intenso para, p.e., ir ao multibanco, que os 4 piscas não significam que o automobilista não se esqueceu do carro ali, que do parque dos 200 lugares ao centro da cidade (Praça 25 de Abril) “são cinco minutos a pé”.
( Nem os vizinhos das bicicletas, frangos, e etc o usam!!!!) Que...que...
Os responsáveis da CM poderão vir a merecer os elogios dos seus munícipes, que diriam:
- Afinal não custou nada!?
- O gajos até nem entraram a matar !?
-Vem-se muito bem do parque até aqui...até aproveitei para fazer 3 chamadas no telemóvel!
- Agora o que são precisos é mais locais de estacionamento!
Dos mais distraidos destes problemas:
- Onde se meteram os carros?
Ou em pleno Janeiro:
- Parece que estamos em Agosto oh Laidinha! Até me deram um cartão de residente !
Por aqui me fico, dr Carlos Miguel. Desculpe o desabafo.
Não sou de cá mas gostava de usufruir melhor a cidade onde vivo.
Os meus respeitosos cumprimentos
A.Araujo
(utilizador do parque dos 200)
P.S. Estive recentemente em Segóvia, onde, como certamente sabe, o trânsito não está interdito na zona histórica. Antes altamente disciplinado.
P.S. 2 – Coincidências: Acabei de ler num jornal local que o Sr.Presidente da Câmara irá propor o alargamento da área de estacionamento, bem como o pagamento de uma quantia simbólica para os utentes do parque dos 200 lugares. Muito bem. Se for mesmo para pagar, claro.
Dr.Carlos Miguel
Descobri há pouco tempo este “site” e o espaço reservado à colaboração dos munícipes. É um bom trabalho. Nele os nossos eleitos nos dizem: - aqui estou eu, aqui estamos nós, vejam-nos, fomos nós que fizemos isto aqui, , acolá aquilo, estão previstas outras coisas, etc. E nós, do lado de cá, vemos, usufruimos, aplaudimos e ... protestamos. Também daqui, do teclado do computador.
Assim, pois, o meu, obviamente bem intencionado. Sobre automóveis e automobilistas, peões, parques e polícias, estacionamentos.
É o Trânsito onde cabem todos estes vocábulos e acerca do qual toda a gente diz mal. Ainda não falei com ninguém que opinasse noutro sentido. Tão pouco na imprensa.
Apenas V.Exa e a sua vereação se vêm conformando com a situação, pois, se assim não fosse, já há muito tempo nos teriam dito:
- aqui estamos nós, vejam a nossa obra! Como isto rola ! Desloquem-se, passeiem à vontade pela cidade, entrem na C.G.D. a pé e não com o carro debaixo do braço, subam a rua Santos Bernardes com a criancinha, até à Física, tomem, de passagem, uma bica e um bolo e um gelado pro menino, na Milai, sem necessidade de jogar ao labirinto, comprem o selo sem piscas na estação dos Correios. Paguem os impostos nas Finanças saboreando calmamente as bichas. Dirijam-se à Câmara Municipal em cima dos pés, sem necessidade de levar a barriga ao colo, cumprimentem o sr vereador que, de igual jeito, se desloca par o trabalho...Levem o medicamento que compraram na farmácia no bolso do casaco ou na malinha e não no porta luvas do carro...
“O problema do trânsito é muito difícil de resolver” É um lugar comum na boca de todos os governantes. Nenhuns contudo dizem porquê. A nós, do lado de cá, compete-nos dizer, como em relação aos demais, isto está mal e tem que ser corrigido. Há quem o tenha feito. E nem é preciso ir a Espanha. Basta ir ver o novo estádio do Braga, passar pela Bragolândia e aproveitar para ir ao Bom Jesus, (subindo e descendo as escadas mesmo se para pagar promessa), e, de seguida, parquear por baixo, na baixa. Juntar os seus pèzinhos a milhares de outros e ir por eles à Sé, a um museu, a uma livraria, a uma pastelaria tomar um chá ou uma cerveja, comprar umas jeans... um par de sapatos... jantar numa esplanada ... Constatar, depois, em passeio digestivo, que isto acontece em toda a zona histórica e comercial da cidade, recuperada em função do cidadão apeado. Zona com uma área superior à da cidade comercial de Torres Vedras ! Recordar, a propósito, o protesto pacóvio de alguns comerciantes do nosso burgo quando foi interditado o trânsito NUMA rua central ...!
“O problema do trânsito é muito difícil de resolver” . Alguma coisa foi feita, digo eu, dr Carlos Miguel: alargou--se a área do estacionamento pago, colocaram-se “palitos” em alguns passeios, alteraram-se sentidos de trânsito, fizeram-se pequenas rotundas e criou-se um parque de estacionamento para 200 lugares. Trata-se de boas iniciativas que poderiam ter contribuido para uma melhoria substancial da situação. Todavia o cidadão-torreense-auto-mobilizado-chicosperto não paga o estacionamento, julga que os palitos surgiram na sequência do embelezamento artístico da cidade e pára ali para apreciar, há os que os utilizam para limpar a mrd dos pombos que se cola aos sapatos, estaciona em segunda fila e diz ao polícia (se aparecer) ou ao proprietário do carro bloqueado que “foi só um minutinho”, pensa que o parque de 200 lugares é para quem não tem jeep...ou para os lorpas...
Estes cidadãos também a si não têm respeito, dr Carlos Miguel, porque não faz cumprir as elementares normas que implantou. E é o que se vê. A CM tem que fazer uma campanha pedagógica, a começar em lume brando, assim uma espécie de “dia-semanal-tolerância-zero-trânsito-na-cidade”. Que passaria, no mês seguinte, a dois-dias-semana .....cidade”, depois “três-dias...”, depois “quatro...”, etc.
Não tardaria que os cidadãos ficassem a conhecer as regras e a cumpri-las, nomeadamente, a saber que é proibido parar o carro numa artéria de tráfego intenso para, p.e., ir ao multibanco, que os 4 piscas não significam que o automobilista não se esqueceu do carro ali, que do parque dos 200 lugares ao centro da cidade (Praça 25 de Abril) “são cinco minutos a pé”.
( Nem os vizinhos das bicicletas, frangos, e etc o usam!!!!) Que...que...
Os responsáveis da CM poderão vir a merecer os elogios dos seus munícipes, que diriam:
- Afinal não custou nada!?
- O gajos até nem entraram a matar !?
-Vem-se muito bem do parque até aqui...até aproveitei para fazer 3 chamadas no telemóvel!
- Agora o que são precisos é mais locais de estacionamento!
Dos mais distraidos destes problemas:
- Onde se meteram os carros?
Ou em pleno Janeiro:
- Parece que estamos em Agosto oh Laidinha! Até me deram um cartão de residente !
Por aqui me fico, dr Carlos Miguel. Desculpe o desabafo.
Não sou de cá mas gostava de usufruir melhor a cidade onde vivo.
Os meus respeitosos cumprimentos
A.Araujo
(utilizador do parque dos 200)
P.S. Estive recentemente em Segóvia, onde, como certamente sabe, o trânsito não está interdito na zona histórica. Antes altamente disciplinado.
P.S. 2 – Coincidências: Acabei de ler num jornal local que o Sr.Presidente da Câmara irá propor o alargamento da área de estacionamento, bem como o pagamento de uma quantia simbólica para os utentes do parque dos 200 lugares. Muito bem. Se for mesmo para pagar, claro.
O meu post anterior remetia-nos para o ano de 2004.
Sete anos se passaram. Teremos que dizer agora que não se pode permitir o mínimo abuso. É fundamental haver uma fiscalização muito mais apertada do que aquela que existe hoje. Esta não poderá permitir o mínimo abuso para que as pessoas com mobilidade reduzida possam utilizar os passeios ou as que andem com carrinhos de bebé circulem sem encontrar automóveis nos passeios.
A foto, que junto é minha e é recente. Constitui um exemplo que traduz o comportamento abjecto de cidadãos e, paralelamente, a total inaptidão de quem tem a obrigação de lhe pôr cobro.
O bold/itálico também é meu. Mas o texto não, ainda que o subscreva: foi publicado no Jornal Badaladas de 14 de Novembro de 2006, sob o título “Torres Vedras reforça fiscalização do trânsito” e corresponde a declaração do Sr. Vereador Carlos Bernardes.
Aproveito a ocasião para juntar, ainda, algumas fotos (*) de uma cidade (Bragança) onde o ordenamento de trânsito é eficaz, onde não há carros em cima dos passeios, tão pouco em segundas filas, onde o parqueamento é pago em todo o centro histórico, onde a sinalização é correcta, onde os autocarros urbanos param em qualquer lugar para receber passageiros, etc, etc.
Não será diferente a civilidade dos brigantinos. Diferente é o empenhamento, a competência e a eficácia dos governantes.
(*) Conjunto 1 Conjunto 2
Sete anos se passaram. Teremos que dizer agora que não se pode permitir o mínimo abuso. É fundamental haver uma fiscalização muito mais apertada do que aquela que existe hoje. Esta não poderá permitir o mínimo abuso para que as pessoas com mobilidade reduzida possam utilizar os passeios ou as que andem com carrinhos de bebé circulem sem encontrar automóveis nos passeios.
A foto, que junto é minha e é recente. Constitui um exemplo que traduz o comportamento abjecto de cidadãos e, paralelamente, a total inaptidão de quem tem a obrigação de lhe pôr cobro.
O bold/itálico também é meu. Mas o texto não, ainda que o subscreva: foi publicado no Jornal Badaladas de 14 de Novembro de 2006, sob o título “Torres Vedras reforça fiscalização do trânsito” e corresponde a declaração do Sr. Vereador Carlos Bernardes.
Aproveito a ocasião para juntar, ainda, algumas fotos (*) de uma cidade (Bragança) onde o ordenamento de trânsito é eficaz, onde não há carros em cima dos passeios, tão pouco em segundas filas, onde o parqueamento é pago em todo o centro histórico, onde a sinalização é correcta, onde os autocarros urbanos param em qualquer lugar para receber passageiros, etc, etc.
Não será diferente a civilidade dos brigantinos. Diferente é o empenhamento, a competência e a eficácia dos governantes.
(*) Conjunto 1 Conjunto 2
Voltando ao T&E
Insustentável
“Na edição da semana passada deste jornal (Badaladas) foi dado a conhecer ao público que, finalmente, a Polícia de Segurança Pública (PSP) de Torres Vedras está em condições de começar a actuar junto dos que, na cidade, prevaricam em termos de mau estacionamento automobilístico. Ou seja, vêm aí os bloqueadores de rodas, o reboque e as multas a doer. Já não era sem tempo.. Tudo porque a situação se tornou de tal maneira calamitosa e crónica nesta cidade, no dia-a-dia, que já ninguém aguenta. É insustentável. Reina hoje em Torres Vedras uma tal falta de educação e de civismo, num salve-se quem puder tremendo, que a anarquia parece ser o sistema e o regime que aqui governa e comanda.
Os casos são por demais conhecidos e de toda a gente. Ele há proprietários de automóveis e jipes (os topo de gama lideram a lista) que, ostensivamente, teimam em estacionar todos os dias os seus bólides em cima dos passeios, impedindo com a sua acção a passagem e o usufruto dos locais reservados exclusivamente aos peões. Estes têm, forçosamente, que saltar para o meio das ruas, sujeitos a atropelamentos. O que dizer, então, dos idosos, das crianças e das mulheres grávidas, dos deficientes motores e dos invisuais?
Há uma falta de consciência cívica e colectiva tal, que irrita o mais calmo e pacífico dos mortais cidadãos. Este tipo de prepotência terceiro-mundista é o que mais grassa nesta terra. Um caso concreto acontece mesmo nas barbas da PSP, ao fundo da Rua António Leal da Ascensão, próximo ao prédio onde mora o Presidente da Câmara Municipal, mesmo à noite, quando há estacionamento legal para dar e vender. É esta a cidade e os cidadãos que temos.
Saudamos, por isso, que a Polícia comece o quanto antes a operação de remoção das dezenas e dezenas de carros mal estacionados (em cima dos passeios e em 2ª, 3ª e 4ª filas) nesta cidade faz de conta. Certamente que uma larga franja de torrienses e de forasteiros lhes darão todo o apoio e ficarão eternamente agradecidos por essa moralização coersiva.
Estamos, no entanto, apreensivos quanto ao espaço que a PSP vai necessitar para o estacionamento dos automóveis rebocados. É diminuto. Como sabemos, a nova Esquadra foi edificada dentro de um espartilho. Não lhe é permitido alargar a sua área, a não ser que lhe seja doado um terreno adjacente para expansão Sul, previsto para a edificação de prédios de habitação. Nele poderia ficar o futuro parque de estacionamento em falta na Polícia.
Entretanto, a Câmara deve repensar um novo processo de sensibilização colectiva que leve as pessoas a estacionarem as suas viaturas no Parque da ExpoTorres, quase sempre às moscas.”
Nota: Este texto foi escrito por Fernando Miguel Silva, Director do Jornal Badaladas, na edição de 20 de Fevereiro de 2004, deste jornal.
Parece que foi ontem…
“Na edição da semana passada deste jornal (Badaladas) foi dado a conhecer ao público que, finalmente, a Polícia de Segurança Pública (PSP) de Torres Vedras está em condições de começar a actuar junto dos que, na cidade, prevaricam em termos de mau estacionamento automobilístico. Ou seja, vêm aí os bloqueadores de rodas, o reboque e as multas a doer. Já não era sem tempo.. Tudo porque a situação se tornou de tal maneira calamitosa e crónica nesta cidade, no dia-a-dia, que já ninguém aguenta. É insustentável. Reina hoje em Torres Vedras uma tal falta de educação e de civismo, num salve-se quem puder tremendo, que a anarquia parece ser o sistema e o regime que aqui governa e comanda.
Os casos são por demais conhecidos e de toda a gente. Ele há proprietários de automóveis e jipes (os topo de gama lideram a lista) que, ostensivamente, teimam em estacionar todos os dias os seus bólides em cima dos passeios, impedindo com a sua acção a passagem e o usufruto dos locais reservados exclusivamente aos peões. Estes têm, forçosamente, que saltar para o meio das ruas, sujeitos a atropelamentos. O que dizer, então, dos idosos, das crianças e das mulheres grávidas, dos deficientes motores e dos invisuais?
Há uma falta de consciência cívica e colectiva tal, que irrita o mais calmo e pacífico dos mortais cidadãos. Este tipo de prepotência terceiro-mundista é o que mais grassa nesta terra. Um caso concreto acontece mesmo nas barbas da PSP, ao fundo da Rua António Leal da Ascensão, próximo ao prédio onde mora o Presidente da Câmara Municipal, mesmo à noite, quando há estacionamento legal para dar e vender. É esta a cidade e os cidadãos que temos.
Saudamos, por isso, que a Polícia comece o quanto antes a operação de remoção das dezenas e dezenas de carros mal estacionados (em cima dos passeios e em 2ª, 3ª e 4ª filas) nesta cidade faz de conta. Certamente que uma larga franja de torrienses e de forasteiros lhes darão todo o apoio e ficarão eternamente agradecidos por essa moralização coersiva.
Estamos, no entanto, apreensivos quanto ao espaço que a PSP vai necessitar para o estacionamento dos automóveis rebocados. É diminuto. Como sabemos, a nova Esquadra foi edificada dentro de um espartilho. Não lhe é permitido alargar a sua área, a não ser que lhe seja doado um terreno adjacente para expansão Sul, previsto para a edificação de prédios de habitação. Nele poderia ficar o futuro parque de estacionamento em falta na Polícia.
Entretanto, a Câmara deve repensar um novo processo de sensibilização colectiva que leve as pessoas a estacionarem as suas viaturas no Parque da ExpoTorres, quase sempre às moscas.”
Nota: Este texto foi escrito por Fernando Miguel Silva, Director do Jornal Badaladas, na edição de 20 de Fevereiro de 2004, deste jornal.
Parece que foi ontem…
Abate de Árvores e Mobilidade em Torres Vedras
A Câmara Municipal de Torres Vedras procedeu recentemente ao abate de árvores na cidade. A operação foi contestada através de intervenções diversas no Forum do seu site e no Jornal Badaladas, o que levou à posterior publicação, pela CM, de um “Esclarecimento” naquele espaço.
Todavia, não foi através deste “Esclarecimento” que se ficaram a saber as razões do abate de seis árvores na Rua Aurélio Ricardo Belo, porquanto o Sr.Presidente da Câmara já tivera ocasião de informar no Forum do site do município que “em concreto as árvores junto ao Hospital foram cortadas porque ocupavam todo o passeio, obrigando as pessoas a circularem pela estrada. Para garantir a mobilidade, tivemos que proceder ao corte”.
A acrescentar a estas seis árvores, foram abatidas mais três na Rua Ana Maria Bastos sem que qualquer razão fosse, em concreto, apresentada.
Entretanto, publicou o jornal Badaladas uma resposta do Sr. Vice-Presidente da Câmara a dois leitores, a propósito deste assunto. Tal como o anterior “Esclarecimento” não passa de um exercício de retórica que nada de concreto esclarece. Teve, contudo, o Sr. Vice-Presidente o mérito de nos acalmar ao dizer que se sentirá culpado se qualquer árvore nos cair em cima:
“Se uma pessoa sofresse um pequeno acidente que fosse, provocado pela queda de uma árvore, quem seria o responsável? O senhor talvez não, eu talvez sim!
Concluindo:
O Sr.Presidente manda cortar árvores para que as pessoas não sejam atropeladas e o Sr. Vice-Presidente cuida que elas não nos caiam em cima.
Mobilidade
Transcrevo o post que acabo de colocar no site da CMTV, a propósito de uma situação que por ali se vive desde que o Bairro foi construido. Inqualificável quadro que mostra bem o conceito de cidadania dos responsáveis autárquicos.
O Presidente escuda-se na sua falta de poder para resolver este e outros problemas de estacionamento, não se cansando de atribuir tal tarefa à PSP. Esta, por sua vez, é de uma inefícácia e incompetência confrangedoras. A cidade, essa, vai vivendo em ambiente selvagem, em total desgoverno. Ano após ano...há muitos anos.
Cidades vizinhas, como Lourinhã, Caldas da Rainha, Mafra, etc, têm sabido resolver estes problemas.
Não eram, eventualmente, estes carros, mas a posição é idêntica.
Não eram, eventualmente, estes carros, mas a posição é idêntica.
No início da tarde de 2ªfeira,dia 21 de Fevereiro, um grupo de alunos da APECI (um dos quais em cadeira de rodas) acompanhados de uma educadora, foi obrigado a ir para a estrada na impossibilidade de utilizar o passeio.
Esta situação e outras similares, que constituem a imagem de marca da cidade, têm a vantagem de libertar os responsáveis da “ponderação dos prós e contras” quando está em causa a sua solução, tão evidente ela se torna.
Não é preciso pensar.
Basta querer.
A bem da Mobilidade
_________________________________________________
P.S. Não é a 1ª vez que me refiro a esta aberrante situação.
Gérard Castello-Lopes
Faleceu ontem um grande nome da Fotografia: Gérard Castello-Lopes.
Aqui o recordo através de palavras suas: (*)
"Pode-se ensinar fotografia? A minha resposta é não. Pode-se ensinar a técnica, o manuseamento correcto da máquina, a escolha certa dos tempos de exposição, as virtudes da profundidade de campo, os mecanismos complicados da revelação e da ampliação, as regras antigas da composição. Pode até ensinar-se a imitar o que os outros fizeram. O que não se ensina (o que não quer dizer que não se aprenda) é a ver. E é bom que assim seja. Se todos tivéssemos o olhar do Cartier-Bresson, todos fotografaríamos como ele, o que, além de monótono, seria triste. A aprendizagem do olhar faz-se só. Não serve adoptar o olhar de um mestre senão para tentar ir mais longe do que ele ou, por rebeldia, fazer o que ele não fez"
(*) Reflexões sobre Fotografia - Eu, a Fotografia, os Outros (Assírio e Alvim)
Aqui o recordo através de palavras suas: (*)
"Pode-se ensinar fotografia? A minha resposta é não. Pode-se ensinar a técnica, o manuseamento correcto da máquina, a escolha certa dos tempos de exposição, as virtudes da profundidade de campo, os mecanismos complicados da revelação e da ampliação, as regras antigas da composição. Pode até ensinar-se a imitar o que os outros fizeram. O que não se ensina (o que não quer dizer que não se aprenda) é a ver. E é bom que assim seja. Se todos tivéssemos o olhar do Cartier-Bresson, todos fotografaríamos como ele, o que, além de monótono, seria triste. A aprendizagem do olhar faz-se só. Não serve adoptar o olhar de um mestre senão para tentar ir mais longe do que ele ou, por rebeldia, fazer o que ele não fez"
(*) Reflexões sobre Fotografia - Eu, a Fotografia, os Outros (Assírio e Alvim)
Crónica de uma morte (lenta) anunciada
Um intervalo nesta viagem histórica pelas ruas de Torres Vedras para mostrar como é tratado o cidadão quando não está com o assento colado no banco do seu automóvel.
Esta cidade tem bandeiras içadas no edifício da Câmara Municipal como prémios por aquilo que tem feito em benefício da mobilidade (!) e este é apenas um exemplo.
Coloquei esta sequência fotográfica no "site" da CMTV" no dia 11Jan2010
Veja aqui
Viva Handel!
Esta cidade tem bandeiras içadas no edifício da Câmara Municipal como prémios por aquilo que tem feito em benefício da mobilidade (!) e este é apenas um exemplo.
Coloquei esta sequência fotográfica no "site" da CMTV" no dia 11Jan2010
Veja aqui
Viva Handel!
14ª história - Praça Gulbenkian
Sucede que são raríssimos os automobilistas que utilizam essa via, quer haja quer não haja veículos nela estacionados, supondo, que se trata de via bus.
Os engarrafamentos de trânsito na rotunda do hospital têm aqui a principal razão. Se a isto se acrescentar o estrangulamento (tipo ampulheta) na rotunda da Henriques Nogueira (situação que não se verificava quando era cruzamento) teremos o filme completo da confusão diária.
As fotos acima são elucidativas. Até a PSP colabora...
13ª História - Rua Princesa Benedita
Como se sabe, esta rua tem dois sentidos ainda que não pareça. Tal se deve, em parte, à apregoada educação cívica dos pais das crianças da Escola ali situada e à permissividade da PSP mais preocupada no controlo dos parcómetros. Tudo isto se passa junto à C.M.!
Antes de fechar, uma outra curiosidade, não sobre este tema, mas relativamente à Mobilidade, tema que a edilidade muito presa: mesmo em frente do edifício da C.M. existe um moderno prédio cuja principal entrada dista da rua 16 degraus 16. É certo que existem mais duas entradas, uma à direita, de esquina, com 6 degraus e outra no extremo do alçado Sulde nível, bem longe da principal. Certamente com licenciamento legal, não deixa de ser aberrante.
12ª história . Rua Henriques Nogueira
Para oferecer mais lugares de estacionamento, a C.M. alterou a forma de estacionamento numa parte da rua: de longitudinal passou a transversal. Marcaram-se os lugares em conformidade mas não se aproveitou a ocasião para impedir as segundas filas, o que facilmente se conseguiria se os lugares tivessem ficado com dimensões adequadas a veículos normais, cortando à frente o que sobra atrás.
A fotografia mostra o espectáculo diário.
Esta situação, como a da rua vizinha, Santos Bernardes, é definidora de quanto errado é, em minha opinião, o conceito de estacionamento que deve ser adoptado nos tempos que correm. Dizem os nossos governantes que sempre que são criadas zonas de estacionamento pago, se facultam outras não pagas, por perto.
Tal conceito leva a que o automobilista se desloque para essas zonas à procura do estacionamento não pago, optando depois por zonas pagas ou então pelas segundas filas, se for possível.
Para quem se queixa que são aos milhares os carros que diariamente percorrem a cidade, não está mal.
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