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O meu post anterior remetia-nos para o ano de 2004.
Sete anos se passaram. Teremos que dizer agora que não se pode permitir o mínimo abuso. É fundamental haver uma fiscalização muito mais apertada do que aquela que existe hoje. Esta não poderá permitir o mínimo abuso para que as pessoas com mobilidade reduzida possam utilizar os passeios ou as que andem com carrinhos de bebé circulem sem encontrar automóveis nos passeios.

A foto, que junto é minha e é recente. Constitui um exemplo que traduz o comportamento abjecto de cidadãos e, paralelamente, a total inaptidão de quem tem a obrigação de lhe pôr cobro.
O bold/itálico também é meu. Mas o texto não, ainda que o subscreva: foi publicado no Jornal Badaladas de 14 de Novembro de 2006, sob o título “Torres Vedras reforça fiscalização do trânsito” e corresponde a declaração do Sr. Vereador Carlos Bernardes.

Aproveito a ocasião para juntar, ainda, algumas fotos (*) de uma cidade (Bragança) onde o ordenamento de trânsito é eficaz, onde não há carros em cima dos passeios, tão pouco em segundas filas, onde o parqueamento é pago em todo o centro histórico, onde a sinalização é correcta, onde os autocarros urbanos param em qualquer lugar para receber passageiros, etc, etc.

Não será diferente a civilidade dos brigantinos. Diferente é o empenhamento, a competência e a eficácia dos governantes.

(*) Conjunto 1 Conjunto 2

Voltando ao T&E

Insustentável

“Na edição da semana passada deste jornal (Badaladas) foi dado a conhecer ao público que, finalmente, a Polícia de Segurança Pública (PSP) de Torres Vedras está em condições de começar a actuar junto dos que, na cidade, prevaricam em termos de mau estacionamento automobilístico. Ou seja, vêm aí os bloqueadores de rodas, o reboque e as multas a doer. Já não era sem tempo.. Tudo porque a situação se tornou de tal maneira calamitosa e crónica nesta cidade, no dia-a-dia, que já ninguém aguenta. É insustentável. Reina hoje em Torres Vedras uma tal falta de educação e de civismo, num salve-se quem puder tremendo, que a anarquia parece ser o sistema e o regime que aqui governa e comanda.
Os casos são por demais conhecidos e de toda a gente. Ele há proprietários de automóveis e jipes (os topo de gama lideram a lista) que, ostensivamente, teimam em estacionar todos os dias os seus bólides em cima dos passeios, impedindo com a sua acção a passagem e o usufruto dos locais reservados exclusivamente aos peões. Estes têm, forçosamente, que saltar para o meio das ruas, sujeitos a atropelamentos. O que dizer, então, dos idosos, das crianças e das mulheres grávidas, dos deficientes motores e dos invisuais?
Há uma falta de consciência cívica e colectiva tal, que irrita o mais calmo e pacífico dos mortais cidadãos. Este tipo de prepotência terceiro-mundista é o que mais grassa nesta terra. Um caso concreto acontece mesmo nas barbas da PSP, ao fundo da Rua António Leal da Ascensão, próximo ao prédio onde mora o Presidente da Câmara Municipal, mesmo à noite, quando há estacionamento legal para dar e vender. É esta a cidade e os cidadãos que temos.
Saudamos, por isso, que a Polícia comece o quanto antes a operação de remoção das dezenas e dezenas de carros mal estacionados (em cima dos passeios e em 2ª, 3ª e 4ª filas) nesta cidade faz de conta. Certamente que uma larga franja de torrienses e de forasteiros lhes darão todo o apoio e ficarão eternamente agradecidos por essa moralização coersiva.
Estamos, no entanto, apreensivos quanto ao espaço que a PSP vai necessitar para o estacionamento dos automóveis rebocados. É diminuto. Como sabemos, a nova Esquadra foi edificada dentro de um espartilho. Não lhe é permitido alargar a sua área, a não ser que lhe seja doado um terreno adjacente para expansão Sul, previsto para a edificação de prédios de habitação. Nele poderia ficar o futuro parque de estacionamento em falta na Polícia.
Entretanto, a Câmara deve repensar um novo processo de sensibilização colectiva que leve as pessoas a estacionarem as suas viaturas no Parque da ExpoTorres, quase sempre às moscas.”

Nota: Este texto foi escrito por Fernando Miguel Silva, Director do Jornal Badaladas, na edição de 20 de Fevereiro de 2004, deste jornal.

Parece que foi ontem…

Combinações