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Mobilidade no parque de estacionamento da CMTV


(Texto publicado no Jornal Badaladas de 15 de Julho de 2011):




Há poucos dias, ao entrar de automóvel para o parque de estacionamento da C.M. na rua Henriques Nogueira, cruzei-me, na rampa, com duas senhoras, uma delas transportando um carrinho com um bebé. Perguntou-me se não havia elevador que a pudesse conduzir ao exterior, disse-lhe que sim, que havia, e que da próxima vez que estacionasse no parque o deveria usar, atravessando, depois, o átrio da Câmara na direcção da porta principal do edifício.
Se dermos atenção ao modo como os responsáveis cuidam, na prática, da mobilidade dos cidadãos que utilizam este parque, verificamos que, para além das placas que apontam os elevadores, com indicação exclusiva de Câmara Municipal (e respectivo horário), existem outras que referem a saída pedonal para as ruas Henriques Nogueira (e agora) Princesa Benedita. Para se chegar, por ali, ao exterior, há que vencer 43 degraus desde o piso -1 e 60, se do -2 !  Missão fácil para alguns, penosa para muitos e impraticável para outros.
É esta a razão pela qual as rampas para automóveis acabam por ser o processo mais utilizado pelos peões. Mais artrose menos artrose, mais barriga menos barriga, mais ano menos ano, com criança pela mão, no carrinho ou ao colo, é essa a alternativa. Assim sendo, e como não foi construído elevador para o exterior, bom seria que se criassem, nessas rampas, corredores sobrelevados, devidamente protegidos e sinalizados. Trata-se de uma prática que existe em muitos parques do país.
Muito curiosa é a informação ao fundo do parque, nas portas de acesso aos elevadores e no  interior destes. Lê-se:  Câmara Municipal / Avenida 5 de Outubro. Sorte para quem vai para a Câmara, já que os demais (que não conheçam a cidade) terão que regressar ao parque, uma vez que a saída para essa Avenida continua, como é indicado no patamar do piso “0” (e  desde a inauguração do edifício), temporariamente fóra de serviço !!!  Lê-se mal mas está lá.
Não menos curioso é o facto de os deficientes em cadeira de rodas terem que perguntar como é que saiem para o exterior.
Casas de banho?  Nem as da CM estão sinalizadas!
 P.S. Tudo isto se passa num edifício público que cumpriu com as normas legais em vigor em termos de erradicação de barreiras arquitectónicas, de que são exemplo a correcta entrada principal na rua Princesa Benedita,  o elevador para deficientes na Avenida 5 de Outubro (que nunca funcionou) e a rampa na rua Henriques Nogueira que teria utilidade se houvesse outra entrada para o edifício da Câmara, a Sul.
Os meus cumprimentos
ALA
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